Cada uma!
Outro dia postei um tópico sobre a denúncia envolvendo um médico da Cardiologia do Hospital Universitário de Uberlândia (cobrava pelas consultas e facilitava o acesso aos exames e tratamentos!), depois soube-se que não era um, mas pelo menos três envolovidos...
E precisa ser muito inocente para acreditar que ninguém sabia disso! Claro que pelo menos ouvir dizer a direção já deve ter ouvido (e deveria ter averiguado!), mas as medidas administrativas só foram adotadas após a denúncia feita pelo Fantástico...
Mas não é sobre os médicos que quero falar, mas dos pacientes que se valem desse meio sórdido para alcançarem seus fins.
Fui consultar essa semana e havia uma mulher aguardando para ser atendida, do nada ela puxou conversa e começou dentr eoutras coisas a falar do atendimento da Medicina (que é como chamam o Hospital das Clínicas daqui), do quanto era bom e tal. Eis que ela confessa que o tal médico denunciado era muito bom e que ela mesma já havia cansado de pagar pelas consultas com ele e que era até barato, já que ele ajeitava tudo rapidinho, de exames a cirurgia.
E completou que se tiver alguém lá dentro e tudo facilitado!
Não precisei falar nada, acho que ela leu nos meus olhos a minha repulsa por esse tipo de situação... acho que fiz uma cara de nojo tão ostensiva que ela virou e se concentrou no bordado que fazia e calou-se... menos mal!
Daí eu me lembro de Lei de Gerson... a lei da vantagem a qualquer custo, o jeitinho brasileiro!
À noite enquanto acompanhava o noticiário acerca do fim trágico do sequestro em São Paulo me surpreendo com um e-mail enviado por uma telespectadora ao psiquiatra que esclarecia detalhes da (suposta) personalidade do autor.
Essa senhora se dizia indignada com o grau de surpresa das pessoas pelo fato da menina sequestrada ter iniciado um namoro aos 12 anos de idade com um cara de 19, jé que no final do século XIX e início do século XX as meninas se casavam aos 12,13 anos com homens bem mais velhos e ninguém questionava isso...
Santa ignorância! A criatura deveria ter ficado calada... ela citou o exemplo da vó dela que casou-se aos 12 anos com o avó que tinha 22! Algo normal nisso aí?
Nunca foi... só que o padrão cultural da época não se preocupava com isso, as necessidades e prioridades eram outras e mulheres nem eram vistas como cidadãs (aliás, mulheres só alcançaram o direito ao voto na década de 30!).
Lembrei-me de imediato de uma paciente no Hospital Militar, uma senhora super agradável de quem me lembro sempre com carinho. Ela foi uma dessas vítimas de casamento arranjado, casou-se aos 14 anos e só conheceu o noivo no dia do casamento, não tinha a menor noção de como era a vida conjugal e ela contava que teve sorte, que o marido era uma excelente pessoa, que ela foi muito feliz enquanto esteve casada porque acabou viúva com menos de 30 anos e com sete filhos...
E contou também que uma prima dela casou-se na mesma idade e sofreu horrores, tratada como um objeto ou um bicho qualquer...
Existem casos e casos! E esta senhora que me refiro dizia que isso era de uma ignorância sem fim! Que as meninas de sua época não tiveram tempo ou oportunidade de viverem as suas juventudes, foram obrigadas a constituir família (na maioria das vezes bem numerosas) e silenciarem ante o preconceito e a violência sofrida por parte da família ou maridos...
Os tempos são outros, e não consigo imaginar como uma pessoa ainda ache que isto não tem nada de mais... e não é o caso de moralismos não! É lógica até! Bom senso... uma menina de 12 anos está saindo da infância...
E precisa ser muito inocente para acreditar que ninguém sabia disso! Claro que pelo menos ouvir dizer a direção já deve ter ouvido (e deveria ter averiguado!), mas as medidas administrativas só foram adotadas após a denúncia feita pelo Fantástico...
Mas não é sobre os médicos que quero falar, mas dos pacientes que se valem desse meio sórdido para alcançarem seus fins.
Fui consultar essa semana e havia uma mulher aguardando para ser atendida, do nada ela puxou conversa e começou dentr eoutras coisas a falar do atendimento da Medicina (que é como chamam o Hospital das Clínicas daqui), do quanto era bom e tal. Eis que ela confessa que o tal médico denunciado era muito bom e que ela mesma já havia cansado de pagar pelas consultas com ele e que era até barato, já que ele ajeitava tudo rapidinho, de exames a cirurgia.
E completou que se tiver alguém lá dentro e tudo facilitado!
Não precisei falar nada, acho que ela leu nos meus olhos a minha repulsa por esse tipo de situação... acho que fiz uma cara de nojo tão ostensiva que ela virou e se concentrou no bordado que fazia e calou-se... menos mal!
Daí eu me lembro de Lei de Gerson... a lei da vantagem a qualquer custo, o jeitinho brasileiro!
À noite enquanto acompanhava o noticiário acerca do fim trágico do sequestro em São Paulo me surpreendo com um e-mail enviado por uma telespectadora ao psiquiatra que esclarecia detalhes da (suposta) personalidade do autor.
Essa senhora se dizia indignada com o grau de surpresa das pessoas pelo fato da menina sequestrada ter iniciado um namoro aos 12 anos de idade com um cara de 19, jé que no final do século XIX e início do século XX as meninas se casavam aos 12,13 anos com homens bem mais velhos e ninguém questionava isso...
Santa ignorância! A criatura deveria ter ficado calada... ela citou o exemplo da vó dela que casou-se aos 12 anos com o avó que tinha 22! Algo normal nisso aí?
Nunca foi... só que o padrão cultural da época não se preocupava com isso, as necessidades e prioridades eram outras e mulheres nem eram vistas como cidadãs (aliás, mulheres só alcançaram o direito ao voto na década de 30!).
Lembrei-me de imediato de uma paciente no Hospital Militar, uma senhora super agradável de quem me lembro sempre com carinho. Ela foi uma dessas vítimas de casamento arranjado, casou-se aos 14 anos e só conheceu o noivo no dia do casamento, não tinha a menor noção de como era a vida conjugal e ela contava que teve sorte, que o marido era uma excelente pessoa, que ela foi muito feliz enquanto esteve casada porque acabou viúva com menos de 30 anos e com sete filhos...
E contou também que uma prima dela casou-se na mesma idade e sofreu horrores, tratada como um objeto ou um bicho qualquer...
Existem casos e casos! E esta senhora que me refiro dizia que isso era de uma ignorância sem fim! Que as meninas de sua época não tiveram tempo ou oportunidade de viverem as suas juventudes, foram obrigadas a constituir família (na maioria das vezes bem numerosas) e silenciarem ante o preconceito e a violência sofrida por parte da família ou maridos...
Os tempos são outros, e não consigo imaginar como uma pessoa ainda ache que isto não tem nada de mais... e não é o caso de moralismos não! É lógica até! Bom senso... uma menina de 12 anos está saindo da infância...
Menina, vc viu o desfecho?
Que barabaridade?
E a nossa policia, Isis?
Que vergonha!
Eu fico revoltada...
e eu me cansei de falar nisso
da doidice dos pais em pemitir o namoro
q era estupropedofilia continuada e q eles eram cumplices
a veja penultima ou ate penultima traz nas paginas amarelas algo muito bom sobre isso exatamente
da valorizaçao das pessoas
das crinças nos ultimos 100 anos
eramos uns brutos ha poucas decadas
e pelo menos nisso temos evoluido
gente besta neh
falar nisso
os pais de eloah p mim sao cafetoes!!! sempre foram