Bazar da Branca

Há um tempo atrás publiquei um post sobre adoção
É fato que esse assunto sempre me envolveu e essa foi uma vontade minha
Acreditava mesmo que a minha experiência com a maternidade se daria via adoção
Por várias razões, primeira porque não pensava que viveria um casamento, sobretudo pela minha personalidade um tanto explosiva e por vezes até egoísta
Mas principalmente porque acredito na adoção! Acredito na disponibilidade de amar um filho não pelos vínculos biológicos, mas pelo afeto
Aliás, AFETO! Esse deveria ser o fio condutor de qualquer relação familiar
Filho não é sangue, filho é coração!
Hoje pela manhã me emocionei
(ontem mesmo já havia me emocionado)
Com a história de um colega de sala que adotou uma criança
Com muitas particularidades
Presenciando diariamente o seu envolvimento e sua expectativa (por vezes sofrida)
Aguardando o deferimento da guarda
(e aqui fica a ressalva da morosidade da justiça em alguns casos)
E hoje seus olhos orgulhosos com o filho nos braços
Reforça pra mim essa idéia tão defendida pelos juristas que estudam a adoção de que a adoção não serve aos desejos dos "pais" se tornarem pais, mas antes à necessidade do filho ser de fato "um filho"...
Do contrário poderíamos pensar algo como uma relação de dono / bicho de estimação
Não pode e não deve ser assim...
Não se devolve filhos biológicos porque o poder familiar se consubstancia com o nascimento
Pelos filhos beija-se as pedras do caminho...
Com o filho adotivo deveria ser a mesma coisa, não se categoriza filhos, são iguais em direitos e em afeto!
Aqui fica minha ponta de inveja daqueles que podem adotar
Porque hoje, casada, dependo da disponibilidade do meu marido para tal
E ainda não consegui sensibilizá-lo disso
Eu não tenho aquela restrição de ter que ser recém nascido, eu adotaria uma criança que quisesse apenas uma mãe com o coração aberto a acolhê-la e ao seu lado escrever uma nova história de vida.
Vivemos em um mundo ainda cercado de preconceitos, idéias pré-concdebidas sobre algo
Quero hoje, apenas deixar registrado minha admiração e respeito a esse colega (que não publicarei o nome por respeito à individualidade e privacidade)
Que se tornou pai de uma linda criança que terá a sorte que outras tantas não terão!
Minhas sinceras reverências e os votos de muita sorte e felicidade!