Os presentes de final de ano!!!
Geralmente a classe política, sobretudo o legislativo, nos presenteia com algo extraordinário nos finais de ano.
Geralmente esse presente nada tem a ver com a aprovação de algum projeto de lei, útil, urgente e necessário à população e que jaz nas prateleiras aguardando entrarem na pauta para votação.
Geralmente esse presente soa como afronta e nos faz recordar o quanto somos idiotas, por sermos os eleitores responsáveis por essa balbúrdia, pela farra permanente nos diversos níveis dos poderes públicos.
E digo somos, porque apesar de eu, nunca ter conseguido eleger um único deputado ou vereador, e nos últimos pleitos ter optado por anular meu voto (a muito contragosto porque exerço com grande satisfação o meu direito de votar), reconheço que faço pouco, poderia revirar mais essa sujeira que anda escondida embaixo do tapete e tentar mudar de alguma forma essa realidade.
Como meu irmão disse, somos de fato um povo pacato, passivo e no bom português, otário! Em Belo Horizonte os vereadores votaram e aprovaram o aumento de 61,8% nos seus salários, o prefeito reconhece estar numa saia justa, porque sem apoio não se governa, e assim acontece nos demais níveis (ou será que já nos esquecemos do aumento dos mesmos 61,8% em 2010 dos congressitas federais e que por efeito cascata atingiram os estaduais?)
Como admitir-se que um legítimo representante deboche da população, como fez o vereador de Belo Horizonte Henrique Braga ao afirmar que "Quem está insatisfeito que concorra as eleições" ou um deputado que alega precisar de um aumento dessa monta porque com frequência é convidado para ser padrinho de casamento como fez Abelardo Camarinha: "(...) deputado não tem padrão de vida de um cidadão comum, ele é padrinho de casamento, ele é padrinho de formatura, ele tem despesas extras, ele tem bases eleitorais, ele tem convites. Eu duvido quem sobreviva com salário de R$ 11 mil, R$ 12 mil”, dispara o deputado em rede nacional".
O incrível é que o execrável deputado esqueceu que um brasileiro comum, chefe de família vive com R$545,00 (ou menos), sem direito a moradia funcional, verba de gabinete, auxílio paletó, passagens aéreas e outras benesses... sorte de quem é parlamentar nesse país e azar da população que trabalha de segunda a segunda, enquanto os cidadãso diferenciados tem uma semana de terça a quinta!
A população em Belo Horizonte manifestou, foi às ruas, mas ao que parece silenciou, decerto porque ações no apagar das luzes do ano, se misturam com as festas de final de ano, e o congraçamento, "jingle bells", Papai Noel e a comilança em família nos faz esquecer que tudo isso aconteceu e muito provavelmente a ressaca do dia seguinte nos impede de lembrar o que aconteceu nos dias anteriores, até porque a dor de cabeça em janeiro é diária: acúmulo de impostos num orçamento apertado!
É irrelevante o estado de pobreza de uma parcela significativa da população, que passam, não a ceia de Natal magra, mas um ano inteiro de dias anoréxicos, doentes e carentes do mínimo necessário àquilo que se acostumou chamar de dignidade.
Sou insatisfeita e incomodada com tudo isso! Tenho hoje uma vida melhor do que a vivi na minha infância e exijo que meu filho cuide de seus brinquedos para que possam servir a outras crianças (assim como fui servida de doações enquanto criança).
O discurso hipócritas dos senhores defensores dos pobres é ridículo. As filas no SUS continuam, os remédios são caríssimos (coitado de quem precisa de um esquema de antibióticos!), a educação é precária, a segurança deficiente, as estradas violentas e a arrecadação de impostos é recorde! Bom!!! O Brasil está se transformando em uma potência! A potência da mentira!!!
Geralmente esse presente nada tem a ver com a aprovação de algum projeto de lei, útil, urgente e necessário à população e que jaz nas prateleiras aguardando entrarem na pauta para votação.
Geralmente esse presente soa como afronta e nos faz recordar o quanto somos idiotas, por sermos os eleitores responsáveis por essa balbúrdia, pela farra permanente nos diversos níveis dos poderes públicos.
E digo somos, porque apesar de eu, nunca ter conseguido eleger um único deputado ou vereador, e nos últimos pleitos ter optado por anular meu voto (a muito contragosto porque exerço com grande satisfação o meu direito de votar), reconheço que faço pouco, poderia revirar mais essa sujeira que anda escondida embaixo do tapete e tentar mudar de alguma forma essa realidade.
Como meu irmão disse, somos de fato um povo pacato, passivo e no bom português, otário! Em Belo Horizonte os vereadores votaram e aprovaram o aumento de 61,8% nos seus salários, o prefeito reconhece estar numa saia justa, porque sem apoio não se governa, e assim acontece nos demais níveis (ou será que já nos esquecemos do aumento dos mesmos 61,8% em 2010 dos congressitas federais e que por efeito cascata atingiram os estaduais?)
Como admitir-se que um legítimo representante deboche da população, como fez o vereador de Belo Horizonte Henrique Braga ao afirmar que "Quem está insatisfeito que concorra as eleições" ou um deputado que alega precisar de um aumento dessa monta porque com frequência é convidado para ser padrinho de casamento como fez Abelardo Camarinha: "(...) deputado não tem padrão de vida de um cidadão comum, ele é padrinho de casamento, ele é padrinho de formatura, ele tem despesas extras, ele tem bases eleitorais, ele tem convites. Eu duvido quem sobreviva com salário de R$ 11 mil, R$ 12 mil”, dispara o deputado em rede nacional".
O incrível é que o execrável deputado esqueceu que um brasileiro comum, chefe de família vive com R$545,00 (ou menos), sem direito a moradia funcional, verba de gabinete, auxílio paletó, passagens aéreas e outras benesses... sorte de quem é parlamentar nesse país e azar da população que trabalha de segunda a segunda, enquanto os cidadãso diferenciados tem uma semana de terça a quinta!
A população em Belo Horizonte manifestou, foi às ruas, mas ao que parece silenciou, decerto porque ações no apagar das luzes do ano, se misturam com as festas de final de ano, e o congraçamento, "jingle bells", Papai Noel e a comilança em família nos faz esquecer que tudo isso aconteceu e muito provavelmente a ressaca do dia seguinte nos impede de lembrar o que aconteceu nos dias anteriores, até porque a dor de cabeça em janeiro é diária: acúmulo de impostos num orçamento apertado!
É irrelevante o estado de pobreza de uma parcela significativa da população, que passam, não a ceia de Natal magra, mas um ano inteiro de dias anoréxicos, doentes e carentes do mínimo necessário àquilo que se acostumou chamar de dignidade.
Sou insatisfeita e incomodada com tudo isso! Tenho hoje uma vida melhor do que a vivi na minha infância e exijo que meu filho cuide de seus brinquedos para que possam servir a outras crianças (assim como fui servida de doações enquanto criança).
O discurso hipócritas dos senhores defensores dos pobres é ridículo. As filas no SUS continuam, os remédios são caríssimos (coitado de quem precisa de um esquema de antibióticos!), a educação é precária, a segurança deficiente, as estradas violentas e a arrecadação de impostos é recorde! Bom!!! O Brasil está se transformando em uma potência! A potência da mentira!!!
Feliz 2012 pra todos nós... com essa indigestão já esperada!
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